Autor: Lea Rocha Lima e Marcondes
Cantem ao Senhor um cântico novo! Toda a terra cante ao Senhor!
Cantem ao Senhor e louvem o seu nome; proclamem todos os dias a sua salvação.
Anunciem a sua glória entre as nações, contem a todos as suas maravilhas. Salmo 96:1-3
Nos últimos 10 anos a Europa tem recebido pessoas vindas de vários países. A grande maioria vem em busca de novas possibilidades de trabalho, estudos e refazer a vida. Muitos são jovens que vêm sozinhos ou recém-casados. Outros que vêm fugindo de situação de guerra em seus países de origem, com a família, filhos, avós, tios, primos. Este movimento migratório trouxe um acesso sem precedentes para levar o evangelho aos Povos Nao Alcancados (PNAs). A estatística dos PNAs distribuídos nos países europeus é, sem sombra de dúvidas, uma grande oportunidade para serem alcançados pelo evangelho.
Quando pensamos na Europa nos vem à lembrança que ela foi o berço da Reforma, que muitos movimentos evangelísticos e missionários nasceram em países europeus mas, infelizmente, o que vemos agora são nativos céticos, ateus e com muitos misticismos diferentes dos misticismos brasileiros. Aqui em Portugal há muitas vilas e cidades no interior do país onde não há nenhuma presença evangélica. O catolicismo é nominal mas totalmente arraigado na cultura do povo, portanto, o índice de conversões genuínas é baixíssimo. Desconhecem a Palavra e as Boas Novas de Jesus.
A porcentagem de portugueses evangélicos convertidos é de 3,5%. Portugal tem vivido um crescimento de cristãos evangélicos nos últimos anos, mas o índice de cristãos de fato convertidos ainda é baixo praticamente em todos os países europeus.
Mas Deus, em sua criatividade divina, tem feito movimentos evangelísticos de diversas maneiras. São movimentos mais pontuais, mais locais, que tem alcançado muitos. Na Itália, onde temos uma igreja atuante plantada em Milão, a porcentagem de cristãos evangélicos é de 1,4%; na Espanha, onde está nossa base, a taxa é de 1,6%; na Alemanha é de 2,12% e na França é de 1,23%. Países que tiveram, séculos atrás, uma presença de avivamentos significativos no contexto cristão reformado (que até hoje repercutem nas igrejas evangélicas) possuem hoje essas taxas tão baixas. Isso sem contar com o número altíssimo de PNAs nestes países.
Temos conhecimento de igrejas que estão sendo revitalizadas a partir de um pequeno grupo de remanescentes fiéis criando estratégias para alcançar seus compatriotas. Estão crescendo, saindo de um grupo de 10 a 20 pessoas para 50 a 100 pessoas ou mais. Para o contexto europeu é um grande crescimento, pois as igrejas europeias, de modo geral, têm entre 20 e 50 pessoas. Uma igreja considerada grande tem entre 100 e 300 pessoas. E muitas estão a crescer através de conversões e batismos tanto de nativos quanto de estrangeiros morando naqueles lugares.
A igreja europeia tem uma grande preocupação em alcançar os seus conterrâneos e tem dificuldades para trabalhar com os estrangeiros que chegam até eles. As demandas dos estrangeiros são grandes, tanto sociais quanto profissionais, espirituais, com as adaptações culturais, com aprendizagem da língua e consequentemente com as questões emocionais envolvidas em todo o processo de adaptação cultural. É exatamente nesta necessidade que temos a abertura para envisionar a igreja europeia oferecendo estratégias para alcançar tanto os locais quanto os PNAs vindos de diversos países.
O nativo europeu vive no ceticismo e no ateísmo, vive sem esperança, sem perspectivas, com muitos países em guerra e estão revivendo situações anteriormente já vividas. A sede pela paz, pela segurança, a sede por algo que preencha o vazio existencial é notória. Sede que só a água viva de Jesus pode saciar. Oremos para que a Europa possa conhecer o Príncipe da Paz, o Pão e a Água Viva que saciam a fome a sede da alma. A Tarefa está presente na Europa para caminhar junto com Deus nos propósitos que Ele tem para este continente.
Que sejamos porta vozes da sua mensagem para todos os povos que aqui estão e clamam pelas Boas Novas de Jesus!
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